Agueiros ou correntes de retorno !!!
17-11-2018
Agueiros - O que são, o que os origina, como se identificam e o que fazer se for apanhado num Agueiro?
Agueiro é o refluxo do volume de água que retorna da costa de volta para o mar, em virtude da força gravitacional. Apesar dos agueiros existirem independentemente dos fenómenos das marés, estas podem intensificar o perigo das correntes de deriva, em especial na maré baixa.
Existem vários tipos de agueiros, conforme o tamanho, a largura, a profundidade, a forma, a velocidade e a potência, podem inclusive serem fixos ou estacionários
Estas correntes são formadas, geralmente, quando as ondas quebram e empurram a água acima do nível médio do mar.
Uma vez que a energia da água é gasta, a água que ultrapassou aquele nível médio é empurrada de volta pela força da gravidade.
Mas quando ela é empurrada de volta, mais ondas podem continuar a empurrar mais água acima daquele nível médio, criando o efeito de uma barreira temporária.
O agueiro pode ser um canal submerso e como a água de retorno se concentra nesse canal, ela torna-se numa corrente movendo-se para dentro do mar.
Dependendo de inúmeros de fatores, esta corrente pode ser muito forte.
Alguns agueiros dissipam-se muito próximo à praia, enquanto que outros podem continuar por centenas de metros.
É importante realçar que as ondas não quebrarão sobre um canal submerso.
Para identificar um agueiro, devemos tentar observar:
1. Cor da água, acastanhada devido ao arrastamento da areia no fundo;
2. Espuma na superfície da água, que se estende além da rebentação;
3. Deslocamento de materiais e destroços flutuantes;
4. Ondas maiores e mais frequentes dos dois lados;
5. Tremura numa zona da água, quando a água à volta está lisa.
O banhista deve tentar sempre verificar a existência de agueiros e as condições do mar em geral, antes de entrar na água, para sua própria segurança.
No entanto, deixamos aqui a explicação de como nos devemos comportar se nos virmos "encurralados" por um agueiro.
Em primeiro lugar, devemos deixar-nos ir com a corrente mantendo-nos sempre à tona da água, com a ajuda dos braços e das pernas.
Estando ou não em afogamento, deve-se sempre pedir ajuda para terra, para garantir o resgate, em caso de necessidade.
Alguns metros mais à frente, a gola perde intensidade e verifica-se que a velocidade da corrente diminuiu, neste caso deve-se começar a nadar paralelamente à praia, desviando-se para o lado até deixar de sentir resistência.
Após verificarmos que não estamos sob influência de correntes contrárias devemos descansar, boiando algum tempo, e seguir nadando em direção a terra, utilizando neste caso as ondas favoráveis para a locomoção.
Consegues identificar um agueiro?
Já te aconteceu ficar preso numa dessas correntes?